quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gestão de Resíduos Urbanos


O lixo produzido pela atividade do homem é hoje uma das mais graves ameaças à sua própria qualidade de vida. Isto tem determinado a tendência mundial pela minimização da geração de lixo, entendendo-se como tal a produção/venda de produtos dos quais restem o mínimo possível de resíduos, o reuso de embalagens e a reciclagem.


A reprogramação conceitual de produtos em geral, em especial de suas embalagens, é algo que foge completamente ao controle dos Municípios. Já a reciclagem pode e deve ser incentivada por eles, conscientizando a população e estruturando programas de coleta seletiva, e mantendo núcleos de triagem de recicláveis.


No entanto, mesmo que se obtenha o maior sucesso nestes programas, a maior parcela dos resíduos gerados, mais de 65%, necessitará de uma destinação final adequada, preferencialmente uma rota que privilegie o aproveitamento da energia contida no lixo. Isto é demonstrado no quadro a seguir:


As duas principais rotas de destinação final de resíduos em todo o Mundo são os Aterros Sanitários e a Incineração dos Resíduos.
Os Aterros Sanitários, se concebidos de forma tecnicamente correta, demandarão investimentos e custos operacionais quase tão elevados quanto o de outras rotas de destinação com alta tecnologia aplicada.
A maior diferença em termos de investimento para implantação é que, enquanto outras tecnologias demandam capital intensivo (praticamente todo o investimento é feito antes do início da operação), no caso dos Aterros Sanitários, o mesmo valor é investido ao longo de toda a sua vida útil e após o seu encerramento, durante o período de monitoramento obrigatório.
A recuperação do biogás do aterro para geração de energia é técnica adotada há alguns anos nos EUA e Europa. O objetivo da sua adoção no 1º Mundo é muito mais ambiental – redução das emissões de gases do efeito estufa ( o biogás é composto por cerca de 50% de metano) – do que propriamente econômico – geração de energia.
A energia gerada com o uso deste método é bastante inferior à de outras rotas de destinação final com geração de energia, uma vez que a eficiência máxima de captação do biogás é de cerca de 65% do biogás gerado.
Aproveitamento energético dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
BIOGÁS DE ATERRO (base metano)
0,1 - 0,2 MWh /ton RSU
DIGESTÃO ANAERÓBICA ACELERADA
0,1 - 0,3 MWh /ton RSU
INCINERAÇÃO RSU com Geração de Energia
0,4 - 0,6 MWh /ton RSU
CICLO COMBINADO RSU + Gás Natural
0,8 - 0,9 MWh /ton RSU
Em 1999 o Landfill Directive da Comunidade Econômica Européia União Européia (1999) recomendou a todos os seus membros a redução drástica (75%) do envio de lixo biodegradável (matéria orgânica, papel, etc) para os Aterros Sanitários até o ano de 2006, com metas adicionais para os anos seguintes, objetivando a eliminação dos aterros de biodegradáveis até o ano de 2016. Países como a França, a Alemanha, Áustria, Dinamarca e Holanda já em 2005 haviam atingido os objetivos de 2016. Os demais membros buscam atingir suas metas.
A incineração de resíduos é uma rota secular de destinação final do lixo – o 1° incinerador foi construído na Inglaterra por volta de 1870 - sendo a técnica mais comumente utilizada para o tratamento térmico de resíduos até os dias atuais. Trata-se da rota tecnológica de destinação de resíduos urbanos mais testada no Mundo e a que obtém a maior redução de peso/volume (cerca de 90%).
A forte campanha contrária às Usinas de Incineração de resíduos durante década de 80 resultou na adoção de legislações ambientais com limites extremamente rigorosos para as emanações gasosas, nos EUA, nos países da União Européia e no Japão. Como conseqüência, observou-se o encerramento das atividades de centenas de Plantas de Incineração que não apresentavam conformidade com os novos limites de emanações, ao mesmo tempo em que pesados investimentos foram realizados, objetivando a adequação dos sistemas de tratamento dos gases e vapores da incineração. Somente nos EUA, levantamentos mostram que mais de US$ 1 Bilhão foram investidos na adequação de Usinas.
A Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, assinada e ratificada por dezenas de Países, inclusive pelo Brasil em 2001, na Parte V do Anexo C, indica o tratamento térmico realizado de forma adequada é recomendado como ‘Melhores Técnicas Disponíveis ’, como se observa no texto a seguir:
“ B. Melhores técnicas disponíveis
...(b) medidas gerais para redução de liberação: .... No caso de construção de instalações ou modificação significativa, além das medidas de prevenção descritas na seção A da Parte V, poderão ser consideradas as seguintes medidas de redução na determinação das melhores técnicas disponíveis:
uso de métodos melhorados para limpeza de gases tais como oxidação térmica ou catalítica, precipitação de pó ou adsorção;
tratamento de resíduos, água residual, dejetos e lodo de esgotos, por exemplo, por tratamento térmico ou tornando-os inertes ou detoxificando-os por processos químicos;
mudanças de processos que promovam a redução ou eliminação de liberações, tal como a adoção de sistemas fechados;
modificação de projetos de processos para melhorar a combustão e evitar a formação das substâncias químicas relacionadas neste Anexo, por meio do controle de parâmetros tais como temperatura de incineração ou tempo de residência .”?
O texto da Convenção de Estocolmo não poderia ser restritivo ao uso tecnicamente adequado das tecnologias de tratamento térmico dos resíduos urbanos , uma vez que vários países que assinaram e/ou ratificaram figuram dentre os que utilizam largamente estas tecnologias.
Recentemente, o ‘Sumário para Formuladores de Políticas’ elaborado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC/ONU), divulgou que é da ordem de 3% a contribuição do biogás dos aterro (50% de metano) para o aquecimento global.
Como parte do esforço mundial para reverter o grave quadro climático, recomendou as seguintes medidas relativas à gestão do lixo urbano:
Estímulo ao Reuso e à Reciclagem.
Captação/Queima do biogás de aterros, para minorar as emissões diretas para a atmosfera do gás metano.
Incineração dos resíduos com recuperação de energia, para impedir a formação do biogás de aterro.

Atualmente, mais de 130 milhões de toneladas de resíduos urbanos são tratados por ano em cerca de 650 unidades de incineração com recuperação de energia implantadas em 35 Países gerando mais de 10000MW de energia elétrica ou térmica. Entre 1996 e 2001, 117 novas plantas de incineração de resíduos urbanos com recuperação de energia foram construídas, com destaque para países em desenvolvimento da Ásia (Coréia do Sul, China, Taiwan, Malásia e Singapura), ampliando em 7,8milhões de toneladas a capacidade anual de tratamento de resíduos urbanos.

Os Países do 1º Mundo, onde se encontram instaladas e em operação mais de 80% da Usinas de Geração de Energia a partir do Lixo Urbano, entendem ser esta uma das boas opções para substituição da energia de combustíveis fósseis por fontes alternativas renováveis, com indiscutível economia ambiental e financeira em relação aos cada dia mais distantes aterros sanitários.

AQÜÍFERO GUARANI








O termo aqüífero Guarani foi proposto há alguns anos, numa reunião de pesquisadores de várias universidades de países do cone sul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), como uma forma de unificar a nomenclatura de um sistema aqüífero comum a todos eles, e em homenagem à nação dos índios guaranis, que habitavam a área de sua abrangência. Anteriormente, este aqüífero era conhecido aqui no Brasil pelo nome de Botucatu, pelo fato de que a principal camada de rocha que o compõe ser um arenito de origem eólica, reconhecido e descrito pela primeira vez no município de Botucatu, estado de São Paulo.



Área de Ocorrência
O aqüífero Guarani ocorre nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do sul; atingindo também os países Argentina, Paraguai e Uruguai. É portanto um sistema transnacional. A área total de ocorrência chega a 1.400.000 quilômetros quadrados, dos quais cerca de 1 milhão está em território brasileiro. Sua dimensão norte-sul no Brasil chega a 2000 quilômetros.



Panorama geológico.
Este aqüífero é constituído de várias rochas sedimentares pertencentes à Bacia Sedimentar do Paraná. Das rochas que compõem o aqüífero, a mais importante é o arenito Botucatu, de idade triássico superior a jurássico inferior (190 milhões de anos atrás). Este arenito foi depositado em ambiente desértico, o que explica as características que faz dele um ótimo reservatório de água: Os grãos sedimentares que o constituem são de uma grande homogeneidade, havendo pouco material fino (matriz) entre os mesmos. Isto confere a este arenito alta porosidade e alta permeabilidade.



Sua espessura média é de cerca de 100 metros, havendo locais onde chega a 130 metros. O arenito Botucatu está exposto à superfície nas regiões marginais da Bacia Sedimentar do Paraná. À medida que caminhamos para as partes centrais desta Bacia, isto é para o interior dos estados do sul, este arenito vai ficando cada vez mais profundo, tendo a lhe recobrir espessas camadas de rochas vulcânicas basálticas, e outros camadas de arenitos mais recentes.



A região onde o arenito Botucatu aflora constitui os locais de recarga do aqüífero. Nas regiões onde o mesmo está recoberto pelas rochas vulcânicas não há recarga e o sistema está confinado, ou seja, é artesiano, chegando a profundidades de até 1500 metros. Apesar desta profundidade,como é um sistema confinado, nos poços que o alcançam nesta profundidade á água sobe chegando a pouco menos de 100 metros da superfície, havendo locais onde a pressão é suficiente para que a água jorre espontaneamente pela boca do poço.
Potencial Hidrogeológico do Aqüífero Guarani
Este aqüífero é responsável por cerca de 80 % do total da água acumulada na Bacia sedimentar do Paraná. Calcula-se que constitua a maior reserva de água doce do mundo. Como é muito permeável os poços ali perfurados apresentam vazão que podem ultrapassar os 500 m³/h, com um rebaixamento de somente 150 metros do nível d'água no poço antes do bombeamento.
teor médio de sólidos totais dissolvidos está ao redor de 200 mg/L, sendo uma ótima água para consumo humano. Contudo alguns poços perfurados no Estado do Paraná forneceram água com teor elevado de flúor (12 mg/L) o que a torna inviável para uso humano, mas tudo indica que esta não é a química predominante da água do aqüífero.
Poluição
Estudos têm revelado que as águas do aqüífero Guarani ainda estão livres de contaminação. Contudo, considerando que a área de recarga coincide com importantes áreas agrícolas brasileiras, onde se tem usado intensamente herbicidas, é de se esperar que são necessárias medidas urgentes de controle, monitoramento e redução da carga de agrotóxicos, sob pena de se vir a ter sérios problemas de poluição.
Outros perigos são:
a) Uso descontrolado e excessivo, principalmente nos locais que apresentam artesianismo jorrante, sendo necessário um rígido controle para se evitar o desperdício de água e conseqüente diminuição da pressão interna do sistema, o que viria a prejudicar os outros usuários das redondezas do poço jorrante. Um exemplo deste desperdício se encontra no município de Pereira Barreto, interior de São Paulo, onde se joga no rio Tietê, cerca de 4 milhões de litros de água potável por dia. (Aldo Rebouças, in ABAS INFORMA, 101/2000)
b) Poços abandonados: todo poço, que atinja ou não o aqüífero Guarani, e deixe de ser usado, deve ser convenientemente selado para evitar a entrada direta de águas poluídas,
c)Vedação: todo poço deve ser bem vedado para evitar a entrada de água poluída no espaço anelar existente entre o revestimento do mesmo e as paredes da perfuração.
Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/Aquiferos_Guarani.htm





terça-feira, 7 de abril de 2009

O princípio dos 3R

O problema da insustentabilidade do nosso planeta está na cultura do consumo desenfreado. Para amenizar este problema foi criado o conceito dos 3 R (três erres): reduzir, reutilizar e reciclar. Não sendo possível o primeiro, tenta-se o segundo. Se o segundo também não for possível, deve-se adotar o terceiro. Conceito simples, não? Pois é, mas ninguém pensou nisso até que o planeta começasse a esquentar!

Cerca de 20% da Amazônia devastada está se regenerando, mostra estudo


Florestas que nascem em locais desmatados absorvem carbono.Recuperação pode ajudar a combater aquecimento global.
Pela primeira vez desde que começou a monitorar o desmatamento da Amazônia, em 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai “tirar a máscara” da floresta e ver o que está acontecendo nos 700 mil quilômetros quadrados já desmatados da região. Um estudo preliminar, baseado numa amostra de 26 imagens de satélite, indica que 19,4% dessa área total desmatada possui florestas secundárias em processo de regeneração.

Aprenda a vigiar o desmatamento usando o mapa do Globo Amazônia. A expectativa de vida dessas novas florestas, porém, é curta - cerca de cinco anos, até serem derrubadas novamente. Os números carregam uma série de implicações para as políticas nacionais de combate ao aquecimento global e de conservação da biodiversidade na Amazônia. As florestas secundárias absorvem parte do dióxido de carbono (CO2) que foi emitido pela derrubada e queima das florestas originais, reduzindo o impacto do desmatamento sobre as mudanças climáticas. Quando a vegetação é queimada novamente, porém, o CO2 retorna para a atmosfera.
“A floresta secundária reabsorve carbono, mas isso não significa que o carbono esteja imobilizado para sempre”, disse o engenheiro agrônomo Cláudio Almeida, chefe do recém-criado Centro Regional da Amazônia (CRA) do Inpe, em Belém (PA). Almeida fez o estudo para sua tese de mestrado, concluída em 2008. A pesquisa foi feita com dados de 2006, quando a área total desmatada na Amazônia era de 680 mil km2 (hoje já ultrapassou 700 mil km2). Naquele ano, os 19,4% de florestas secundárias cobriam 132 mil km2, uma área maior do que metade do Estado de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


FONTE: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1007400-16052,00-CERCA+DE+DA+AMAZONIA+DEVASTADA+ESTA+SE+REGENERANDO+MOSTRA+ESTUDO.html

Aterro sanitário ambientalmente licenciado.


Residuos de Serviços de Saúde

Os Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSS): resíduos sólidos oriundos dos serviços de saúde: hospitais, farmácias, drogarias, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, laboratórios de analises clinicas, consultórios médicos, serviços de medicina legal, necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação), serviços de acupuntura; serviço de tatuagem, consultórios odontológicos, clinicas e hospitais veterinários e bancos de sangue.
Os RSS quando em contato com o meio-ambiente contêm substâncias que podem contaminar várias esferas ambientais, como corpos hídricos e aqüíferos subterrâneos pelo chorume e contribuem para a proliferação de doênças através de vetores.
Os Resíduos de Serviço de Saúde são divididos em dois grupos o A e o B conforme a resolução 358/05 do CONAMA:
GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
a) A1
1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética;
2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;
3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;
4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
b) A2
1. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica;
c) A3
1. peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo pacientes ou familiares;
d) A4
1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;
2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica;
7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; e
8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
e) A5
1. órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
GRUPO B: Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;
b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas; e
e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
III - GRUPO C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade superior aos limites de eliminação.
IV - GRUPO D: Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1;
b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
c) resto alimentar de refeitório;
d) resíduos provenientes das áreas administrativas;
e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins; e
f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
V - GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.


Luciana Brito